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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Nossa Coluna no Jornal de Upanema

O debate sobre a viabilidade da fruticultura irrigada upanemense vez por outra volta ao cenário, seja pela necessidade de discutir caminhos para o desenvolvimento ou para avaliar o que os governos teem feito na nossa cidade neste setor.

Recentemente li alguns textos e comentários no espaço virtual da blogosfera upanemense (que a cada dia se mostra mais forte e comprometida com nossa cidade) sobre o tema e isso me estimulou a escrever mais uma vez sobre este setor.

Não podemos debater a fruticultura local com base apenas nos exemplos passados, embora esses exemplos sejam importantes para avaliações e planejamentos futuros. Profissionais e produtores que atuaram e atuam nesta área são peças fundamentais para se refazer este caminho e projetar uma nova proposta. Portanto o primeiro passo é ouvi-los. Mas, conhecer e estudar o mercado que se pretende alcançar é tarefa fundamental.

Ferrari Basílio talvez seja o profissional que melhor representa este ciclo, sem desmerecer o trabalho de diversos outros. Oportunizado por um programa do governo federal (PRODESA), que na época financiava estrutura produtiva para profissionais implementarem seus negócios, e ao mesmo tempo, fomentarem o desenvolvimento do setor na região, o trabalho de Ferrari foi reconhecido pela população local e sua produção irrigada de frutas teve grande visibilidade por vários anos.

O que não fica claro para a maioria e talvez seja um tabu até mesmo para os profissionais da área, é o porquê das dificuldades enfrentadas por este setor. Por que tanta descontinuidade e instabilidade?

Já ouvi Ferrari diversas vezes debater sobre o tema e a conclusão é que não existe uma resposta simples. Uma soma de fatores colabora para esta instabilidade entre eles o preço dos insumos e a variação do mercado.

Mas é preciso perceber que o volume de produção trabalhado por Ferrari (acima de 100 ha ano) e o mercado prioritário, que era o internacional, são elementos diferenciados em relação ao perfil do produtor de fruta local que ainda persiste. Estamos falando de um produtor que produz no máximo 20ha ano (a maioria nem chega a isso) e que atende mercados do nosso estado e os centros consumidores da região nordeste do país.

Estes produtores, em plena atividade, não chegam hoje a 50, mas potencialmente podem chegar a 200. Compreendo que um trabalho local de organização e incentivo a fruticultura irrigada passa necessariamente por este grupo e o estado e o município podem fazer muito mais por estes produtores e automaticamente estaria fazendo pelo desenvolvimento do nosso município.

Existem diversos aspectos técnicos e organizacionais que precisam ser repensados e discutidos, como o uso indevido de agrotóxicos, a comercialização individual, a infra estrutura de escoamento e outros, mas o fato é que a viabilidade deste setor é inquestionável, desde que se aplique profissionalismo na condução do processo e a gestão pública cumpra o seu papel de apoiar e fomentar o desenvolvimento.

O produtor estar muito só neste processo, além de melhorar a sua estrutura de produção é preciso capacitá-lo em relação as técnicas de produção e principalmente em relação a venda da produção. Desta forma a viabilidade da produção irrigada será uma realidade.

Um comentário:

  1. Meu caro conterrâneo Zé Wilson! É bom saber que temos mais um Upanemense com um blog para estarmos informados. Diariamente leio as postagens de nossos outros conterrâneos. Com certeza teremos mais um para seguirmos e comentarmos, quando necessário for. De início precebo a diversidade e qualidade nas postagens!Isso é bom, muito bom! Outro ponto que acredito ser fundamental é a imparcialidade em cada uma delas! Abraços.

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