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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Coluna César Santos

Depois de “Cachoeira”...A política como instituição de credibilidade está falida. Faz tempo.
O cidadão brasileiro perdeu a fé, decepcionado com o processo de deterioração encaminhado pela própria classe. Reserva para os políticos sérios, cada vez mais raros. A pequena porção é incapaz de melhorar a imagem da atividade pública, diante do rolo compressor dos malfeitores.
E não culpe o povo brasileiro por ser descrente. As decepções, seguidas, parecem intermináveis e tornam-se mais graves quando a podridão afeta nomes até então ilibados. Os próprios políticos, de boa-fé, se assustam com as descobertas.
Veja o caso do senador goiano Demóstenes Torres, ex-DEM, que viu a própria imagem ser levada pela avalanche sebosa do contraventor Carlinhos Cachoeira. Até então, Torres tinha imagem decorando a seleta lista dos bons e honestos políticos brasileiros. Era o paladino da moral e da ética, sempre à frente do processo de depuração no Congresso Nacional. A decepção com a queda de Torres não atingiu apenas as pessoas que esperavam dele uma saída do túnel negro da corrupção. Os próprios políticos se mostraram perplexos. O deputado federal Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, repete sempre que fala sobre o caso Demóstenes Torres, que ainda não acredita que é verdade: “Como é que pode?”, questiona.
E o que dizer do deputado Sthepan Necessian, até então puro como homem e político? Ele também está na lista negra de Cachoeira, assim como tantos outros, ainda encobertos, que podem ser revelados a qualquer momento.
Esse quadro, que tornou-se vil, desprezível e destruidor, é consequência de uma série de coisas, desde o estado de impunidade que grassa no país até a cumplicidade do cidadão-eleitor, que com o seu voto chancela a permanência dos malfeitores na política. Infelizmente, não há esperança de mudança, embora alguns lampejos das instituições deixam acesa a luz no fim do túnel. Já é alguma coisa, para um país de desesperança.

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