A divisão dos royalties de petróleo é a discussão do momento no Brasil. Para àqueles que se interessam por essa discussão a figura abaixo ilustra bem a situação atual e a situação proposta pelo projeto em votação no Congresso.
Me parece uma discussão sem povo, muito limitada aos políticos e parte da imprensa. O fato é que se o projeto em discussão não é justo com os estados de RJ, SP e ES, o atual modelo de distribuição não é justo com o restante do país.
Alguns fatores da discussão e da distribuição eu nem compreendo ainda, mas fica claro que o estado do Rio de Janeiro (que puxa os protestos contrários a nova proposta de distribuição) não perderá receitas que justifiquem tanto drama como tem levantado o atual governador Sérgio Cabral.
Afinal reduzir de 26,25% para 20% a receita dos royalties não é algo tão desastroso. E olha que essa diferença não está indo para a Argentina nem para os EUA, está indo para os demais estados (mais de 20) e municipios (mais de 5.000) que hoje ficam, juntos, com menos de 10% (7% e 1,75% respectivamente).
O pior disso tudo é que a maioria da imprensa decidiu apoiar a causa do Rio de Janeiro, pois preparam reportagens apontando perdas enormes e catastróficas para o Rio.
E ainda tem o lance da ameaça que desta forma não teremos Copa do Mundo e Olimpíada, como se esses eventos pertencesse exclusivamente aos cariocas.
A discussão está distorcida e não tenho visto esforços para fazer a população compreender melhor as mudanças. É uma pena.